terça-feira, 20 de maio de 2014

Atentado ao Riocentro

            No ano de 1981, um grupo militar, insatisfeito com a abertura política e a redemocratização para qual o país caminhava, planejou um atentado em um grande evento musical. Em primeiro de maio, Dia do Trabalhador, ocorria um show com grandes nomes da música popular brasileira no Riocentro – local onde aproximadamente vinte mil pessoas se reuniam para comemorar o feriado. O método? A explosão de duas bombas.



            A primeira, a quase cem metros dos portões de entrada da apresentação, explodiu na hora errada dentro de um carro parado no estacionamento. A segunda, que deveria atingir o sistema de som e iluminação do festival, foi mal posicionada. Ambas passaram praticamente despercebidas pela multidão. O episódio foi um fracasso para os militares, e acelerou o processo de falência do regime militar e da conquista da democracia.

            Mesmo que na época os militares tenham negado envolvimento – dizendo que era um atentado vindo da esquerda -, já sabia-se do tipo de atitude que era tomada pelo grupo “linha dura” para impedir a abertura política. Apenas esse ano, seis dos acusados por envolvimento ao evento responderão pelos seus crimes (entre eles tentativa de homicídio doloso, associação em organização criminosa, transporte de explosivos, favorecimento pessoal e fraude processual).

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